Ó Pai, Se este cálice não pode passar Sem que eu o beba, Faça-se a tua vontade!
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? E ficais longe de meu grito e minha prece? Ó meu Deus, clamo de dia e não me ouvis, Clamo de noite e para mim não há resposta!
Foi em vós que esperaram nossos pais Esperaram e vós mesmo os libertastes Seu clamor subiu a vós e foram salvos Em vós confiaram e não foram enganados
Quanto a mim, eu sou um verme e não um homem Sou o opróbrio e o desprezo das nações Riem de mim todos aqueles que me veem Torcem os lábios e sacodem a cabeça
Ao Senhor se confiou, ele o liberte E agora o salve, se é verdade que ele o ama! Desde a minha concepção me conduzistes E no seio maternal me agasalhastes
Desde quando vim à luz vos fui entregue Desde o ventre de minha mãe sois o meu Deus Não fiqueis longe de mim, porque padeço Ficai perto, pois não há quem me socorra!